30 dezembro 2006

Competências e saberes do professor para prática pedagógica com integração das mídias

Utilizar mídias na prática pedagógica nem sempre significa integrá-las a ela. Muitas vezes os educadores as utilizam como um complemento das aulas, mas não aproveitam o potencial inovador das tecnologias, de forma que estas servem apenas para reforçar velhas práticas. A integração das mídias ocorre à medida que os educandos, através de seu uso, encontram oportunidades de construir seu conhecimento, através da mediação do professor.
O professor somente consegue integrar as mídias ao seu fazer pedagógico quando tem uma postura diferente da tradicional, em que ensinar é transferir conhecimentos. Quando o foco sai do professor, para priorizar o aluno, como um sujeito na construção do seu conhecimento, certamente as mídias exercem um grande papel como ferramentas auxiliares nesse processo.
O educador precisa saber contextualizar a aprendizagem, o que é significativo para os educandos, trabalhando com projetos do interesse dos mesmos, partindo da realidade vivenciada. Deve dar espaço para que desenvolvam competências através da significação e resignificação das informações, transformando-as em conhecimentos. Um exemplo de atividade que pode integrar as tecnologias é a webquest, metodologia de pesquisa realizada na internet , na qual o professor pode ser o autor, publicando a proposta. Os alunos buscam informações que deverão ser transformadas em conhecimentos realizando tarefas lançadas como desafios. Nessa metodologia, os educandos aprendem a trabalhar de forma colaborativa, refletindo sobre as informações ao invés de simplesmente copiar e colar, como muitas vezes ocorre. Assim também em outras ferramentas nas quais é possível interagir , os educandos ganham autonomia e aprendem a pensar. Um exemplo concreto de integração das mídias é a construção de uma rádio web pelos alunos da escola Caic Mariano Costa, de Joinville, SC. Uma equipe de alunos, orientados pela professora do laboratório, organiza o roteiro dos programas, utilizando uma wikispaces, em que cada membro é responsável por um assunto. Os próprios alunos fazem as gravações, utilizando um software livre, versando temas sobre variedades, caça talentos, entrevistas, etc. Para a realização do projeto os educandos utilizaram e buscaram conhecimentos sobre rádio, visitando uma na cidade.
Também tenho bastante experiências pessoais com utilização de tecnologias na educação, aplicadas nas minhas aulas. Uma delas são os blogs educativos através dos quais os alunos interagem de forma colaborativa com outras pessoas de outros lugares geográficos, construindo e socializando conhecimentos. Uma das experiências mais bem sucedidas foi o blog Vidas Secas,da ficção à realidade (http://vidassecascolbachini.zip.net), desenvolvido em 2005 e com a proposta novamente colocada em prática em 2006 no blog Ficção Versus Realidade(http://ficrealidade.blogspot.com). Nos blogs utilizamos a literatura como forma de analisar a realidade dos educandos e fazemos intercâmbio com outros alunos e escritores das obras trabalhadas.
Obviamente é preciso que o educador compreenda as linguagens midiáticas e isso só poderá ocorrer com formação continuada, através de redes colaborativas em que haja trocas de informações e saberes entre os pares. A curiosidade de aprender a aprender é fundamental para que a reflexão e a mudança sobre a prática ocorram. O educador precisa ter a competência de ser um aprendiz., ser pesquisador. De buscar a própria formação, inserindo–se em listas de discussão, participando de fóruns, buscando parcerias de trabalho em comunidades virtuais e também entre os colegas da escola.
Moran afirma que “faremos com as tecnologias mais avançadas o mesmo que fazemos conosco, com os outros, com a vida. Se somos pessoas abertas, as utilizaremos para comunicar-nos mais, para interagir melhor. Se somos pessoas autoritárias, utilizaremos as tecnologias para controlar, para aumentar o nosso poder. O poder de interação não está fundamentalmente nas tecnologias, mas nas nossas mentes”. Utilizar a internet ou outras mídias apenas para receber informações é reforçar a idéia do professor detentor do saber. Paulo Freire buscava fundamentar o ensino-aprendizagem em ambientes interativos, através de recursos audiovisuais. Ele deixou claro a importância da comunicação no processo de construção do conhecimento e que este acontece em outros lugares além da escola.
Através da interação é possível que o educando passe a ser autor e não mero receptor. O educador deve ser instigador da reflexão e mediador no processo de construção do conhecimento.

11 novembro 2006

Seminário Virtual

Estamos organizando um Seminário Virtual. Confesso que estou esgotada de ficar noites adentro lendo , interagindo , pois só temos esse horário para encontrar os colegas de grupo. Fazer um curso à distância, trabalhando em grupo é um desafio e tanto , é um vencer desafios, é matar um leão por dia. Conciliar interesses, trocar saberes, usar o jogo de cintura até mesmo com coisas que a gente discorda, são aprendizagens que vamos somando. Optamos por criar uma wikispaces para ir organizando nossas pesquisas sobre o tema: metodologia da Pesquisa-ação. Sobre o assunto, posto depois, mas pra definir um conceito, creio que a pesquisa-ação envolve uma resolução de um problema coletivo, em que pesquisador e participantes estão ambos envolvidos e comprometidos com a reflexão e a mudança da prática.

27 outubro 2006

Planejar, Avaliar

Fonte:www.uniso.br

Planejar, como diz Luckesi, é estabelecer fins e construí-los através de uma ação intencional. A avaliação , por sua vez, é uma forma de olhar criticamente essa construção no intuito de redirecionar com outras alternativas aquilo que não obtém o resultado desejado. Mas na prática, o que se observa ainda em muitos casos, está longe disso. Muitas vezes confundem-se os meios com os fins.
Meu instrumento de trabalho é a língua portuguesa. Minha preocupação ao planejar é a de que os alunos possam chegar ao aperfeiçoamento da comunicação oral e escrita, desenvolvendo a capacidade de expressar de idéias, sentimentos, argumentos. Tenho a clareza de que a linguagem deve servir de instrumento de libertação e para tanto é preciso propor situações em que os alunos estejam em condições de construir a organização do pensamento, para poder expressá-lo. Luckesi afirma enfaticamente que o planejamento envolve um comprometimento social, ideológico. Na minha escola, o planejamento é feito de forma colaborativa, tendo todos os elementos envolvidos participando. Os alunos participam desse planejamento à medida que indicam quais os temas que mais os intrigam e precisam de uma mudança dentro da sociedade. Dessa forma o planejamento tem um fim social, de transformar o que não está satisfatório.
Eu concordo com essa ideologia, e na minha prática procuro escolher ferramentas que considero que sejam os melhores meios para efetivar a aprendizagem dessa comunicação na prática, dando ao educando a oportunidade de exercitar a cidadania , extrapolando os limites da sala de aula. Procuro sempre aliar o ensino da língua materna à análise do cotidiano do aluno, trazendo à discussão assuntos e problemáticas de seu interesse. Dou ênfase para atividades de leitura e produção textual e trabalhar a gramática de forma contextualizada.Procuro utilizar a tecnologia como meio que auxilie a chegar aos objetivos traçados, por ampliar possibilidades de abrangência na comunicação. Os intercâmbios escolares creio que contribuem muito para o exercício da linguagem na sua função social. Há algum tempo atrás realizamos um intercâmbio através de cartas, via correio, com uma escola de São Paulo. Atualmente, uma das ferramentas que utilizo são os blogs e páginas de escrita colaborativa. Através delas, os alunos expressam seu pensamento, comunicam-se com outras pessoas de fora da escola. Dessa forma penso que o uso da tecnologia é um meio e não um fim.
Foi com esse texto que abri o blog Opinião, em 2005, com alunos do ensino técnico:
"Queridos Alunos!Apropriar-se da linguagem significa uma forma de inclusão social, pois aqueles que não sabem expressar-se estão sujeitos à opressão de quem fala por eles. E nem sempre podemos garantir que os outros defendem as idéias que temos. Mas para defender nossas idéias, temos que estar por dentro dos fatos, temos que aprender a ler o mundo, nas mais diversas linguagens.Falar ou escrever sem fundamentar bem as idéias pode ser pior que o silêncio. Ler e escrever só se aprendem de um jeito: lendo e escrevendo.Este espaço foi criado para você emitir suas opiniões. Bom trabalho!!!”
Quanto à questão da avaliação, creio que é o ponto mais crucial do processo ensino-aprendizagem. Ainda temos muitas dificuldades no geral. Mas vejo que ela deva ser formativa, acompanhar como se dá o processo de construção do conhecimento. Geralmente avalia-se a partir do que o professor determina como certo ou errado. Eu vejo que o mais importante na avaliação é como o aluno se porta durante o processo, sua evolução e não simplesmente pelo que produz no final. Acho que cometemos uma injustiça muito grande quando se avalia para classificar, sem retomar as dificuldades do aluno. Nesse caso a avaliação não cumpre o objetivo de construir, de incluir.

22 outubro 2006

Aprendizagem Colaborativa

Fonte: www.vivenciapedagogica.com.br
Estamos num tempo em que o mundo vive tantos problemas, com as pessoas presas em seus casulos, perdidas em seus problemas existenciais. Nunca estivemos tão rodeados de gente e no entanto tão sozinhos, tão angustiados. E agora José? Que fazer? Estamos começando a perceber que a soluções precisam ser coletivas. Precisamos cada vez mais proporcionar situações de aprendizagem em que o eu ceda lugar ao nós, em que os aprendizes vivam situações semelhantes às que irão vivenciar como cidadãos que só poderão ser felizes convivendo, cooperando, fazendo trocas, partilhas. Não existe outra saída: Ou educamos para a solidariedade ou pagamos o preço da solidão. Ou educamos para a partilha ou ficaremos prisioneiros de um egoísmo que nos afastará cada vez mais, cada um buscando caminhos desencontrados onde um ganhará em detrimento do outro, criando abismos sociais.
A aprendizagem colaborativa pode acontecer em qualquer ambiente, não necessariamente apenas no ambiente virtual , mas quero falar aqui especialmente do uso da internet, que é objeto mais específico de nosso estudo. Nós , educadores que escolhemos o papel de abrir caminhos, de mostrar o novo, utilizando a tecnologia, ainda teremos uma árdua missão pela frente. Porque a grande maioria dos mortais ainda não se deu conta do potencial que o computador tem. Muitos ainda o utilizam para perpetuar velhas práticas, ou seja, receber informações. Com o advento da web.2 a palavra chave é interação. Temos a possibilidade de trocar informações, sermos autores, interferir no processo. Isso é uma verdadeira revolução rumo à nossa libertação, submetidos que fomos sempre às idéias que nos foram impostas sem chance de contra-argumentação.
Nos ambientes colaborativos de aprendizagem à distância, é preciso que cada membro da equipe saiba interagir, deixar a sua contribuição. Apenas acompanhar através de leituras muitas vezes é se apropriar do conhecimento do outro sem contribuir com nada em troca. Sempre haverá diferenças entre os pares, porém a riqueza está na troca dos diferentes saberes.Os mais experientes em determinado assunto auxiliam os que ainda o desconhecem. Assim ocorre a motivação de ambas as partes. Na aprendizagem colaborativa, tem haver a constante troca de idéias, cada elemento sendo responsável pelo resultado do grupo, assumindo tarefas interdependentes. A avaliação do processo pode ser feita pelos pares e também através de auto-avaliação. Também, se a avaliação depender em parte do desempenho total do grupo, cada elemento sentir-se-á responsável pelos demais.
São inúmeras as formas de aprendizagem colaborativa na internet hoje, que podemos utilizar com alunos. Coloco aqui alguns exemplos.Além dos blogs, onde os alunos de várias escolas podem trocar idéias entre si, temos cada vez mais ferramentas de escrita colaborativa, como a wiki, o writely, webnote, etc. A webquest é um grande exemplo de trabalho para ser feito de forma cooperativa, com os alunos solucionando problemas em grupo. Enfim, temos um prato cheio. Basta se dispor a inovar.

15 outubro 2006

Professor do Século XXI

Hoje, no dia do professor, é bom repensar a nossa prática. Somos ou deveríamos ser mediadores, eternos aprendizes junto com nossos alunos, movidos pela curiosidade com o novo. Qual o perfil desse novo educador dos tempos modernos? O jornal Zero Hora publicou uma matéria muito interessante. Acho que já estamos no caminho. PARABÉNS PELO DIA DO PROFESSOR!

Nasce a escola do futuro

Dia do Professor

JAISSON VALIM

O avanço das tecnologias cria um surpreendente fenômeno nas salas de aula brasileiras: os professores, que comemoram seu dia neste domingo, voltam os olhares para o passado. Com os computadores cada vez mais acessíveis, a ampliação do acesso à Internet e a criação de novos games eletrônicos educativos, especialistas defendem que os docentes retomem um modelo pedagógico iniciado há quase 2,5 mil anos. Leia a matéria completa aqui.

08 outubro 2006

Escola do Bairro Cinza



O Que Podemos Melhorar?


A Escola do Bairro Cinza , depois de algumas medidas que tomei , passou a chamar-se Escola Arco-Íris. Quem passa por ela, percebe uma energia boa. Fica no centro da Cidade das Cores, no Bairro Multicolorido. A escola , igual ao que mostra no primeiro vídeo, parece com o sol que fornece luz e energia. Assim, não há pessoa que viva naquela cidade que não tenha passado nela e buscado conhecimento para resolver situações problemáticas da vida ou para desenvolver competências no seu trabalho. O sol é o centro do sistema solar, assim como a escola é o centro da comunidade. Nela estão representados todos os segmentos sociais. Assim como a energia do sol se transforma em vida na natureza, o conhecimento construído na escola se transforma em ações na sociedade, gerando a vida social. Sobre esse conhecimento Jean Piaget estudou com afinco, desvendando o funcionamento da aprendizagem nas crianças. Conhecimento que provém das ações delas com o meio. Conhecimento que se constrói muitas vezes a partir de um erro, a partir do interesse das crianças sobre um objeto.
Então, percebendo a apatia cinzenta daquele lugar propus algumas medidas.
1º - Resolvi construir o Plano Político Pedagógico. Para isso reuni todos os segmentos da comunidade escolar: pais, professores, alunos e funcionários . Discutimos a nossa realidade e refletimos sobre as nossas necessidades. Colocamos nesse plano todos os nossos anseios. Criamos na escola o Conselho Escolar, o Círculo de Pais e Mestres, o Grêmio Estudantil. Criamos os espaços pedagógicos como a Biblioteca , o Laboratório de Informática, a Sala de Leitura, o Laboratório de Ciências. Tudo regulamentado no PPP.
2º - Tendo a comunidade escolar representada, partimos para a criação dos Planos de Estudo. Resolvemos planejar tudo a partir da realidade dos alunos. Para isso reunimos novamente todos os segmentos da comunidade escolar e fizemos uma pesquisa participante, em que cada um (pai, aluno, professor e funcionário) colocou falas sobre pontos críticos da comunidade. Assim, definimos os temas geradores que integrariam os conhecimentos em todas as disciplinas a serem trabalhadas.
3º- Por fim, já de posse dos assuntos de interesse de todos, ligados à realidade vivenciada, organizamos uma formação continuada para os educadores da escola. Assim, toda semana, nos reunimos, por áreas de estudo para planejar e estudar partindo sempre do tema gerador , que integra educandos e educadores.
Para resumir a história, o que era cinza virou cor. Os alunos passaram a entender que a educação tem uma função social. A escola se abriu para a comunidade, trabalhando de forma integrada com outras entidades. Agora os alunos sabem que tudo tem um significado, porque está contextualizado. Estudamos para melhorar nosso meio social, para nos preparamos para ser cidadãos competentes, que saibam cuidar do mundo que nos rodeia a fim de vivermos mais felizes juntos.

03 outubro 2006

Início da Segunda Etapa

Hoje inicia a segunda etapa com as disciplinas Design Didático e Pesquisa e Saber Docente. Temos nova Tutora, mas espero que o Sérgio continue interagindo. Tenho certeza disso. Ele nos deixou um pensamento do Saramago que espero poder seguir "Sim, não tenhamos pressa. Mas não percamos tempo." e também outr odo Leminski: "Meus amigos, quando me dão a mão, sempre deixam outra coisa, presença, olhar, lembrança, calor. Meus amigos, quando me dão, deixam na minha a sua mão." .
Durante a primeira etapa, já foi possível sentir o gosto da convivência.Mesmo sendo um curso à distância, as amizades são reais. E deixo aqui outra mensagem que deve ser do Vinícius de Moraes,agradecendo especialmente ao Sérgio por tudo.


Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos. Não percebem o amor que lhes devoto e a absoluta necessidade que tenho deles.
A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor. Eis que permite que o objeto dela se divida em outros afetos, enquanto o amor tem intrínseco o ciúme, que não admite a rivalidade.
E eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos! Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus amigos e o quanto minha vida depende de suas existências ...
A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem. Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida. Mas, porque não os procuro com assiduidade, não posso lhes dizer o quanto gosto deles. Eles não iriam acreditar. Muitos deles estão lendo esta crônica e não sabem que estão incluídos na sagrada relação de meus amigos. Mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não declare e não os procure. E às vezes, quando os procuro, noto que eles não tem noção de como me são necessários. De como são indispensáveis ao meu equilíbrio vital, porque eles fazem parte do mundo que eu, trêmulamente construí, e se tornaram alicerces do meu encanto pela vida. Se um deles morrer, eu ficarei torto para um lado. Se todos eles morrerem, eu desabo! Por isso é que, sem que eles saibam, eu rezo pela vida deles. E me envergonho, porque essa minha prece é, em síntese, dirigida ao meu bem estar. Ela é, talvez, fruto do meu egoísmo. Por vezes, mergulho em pensamentos sobre alguns deles. Quando viajo e fico diante de lugares maravilhosos, cai-me alguma lágrima por não estarem junto de mim, compartilhando daquele prazer ... Se alguma coisa me consome e me envelhece é que a roda furiosa da vida não me permite ter sempre ao meu lado, morando comigo, andando comigo, falando
comigo, vivendo comigo, todos os meus amigos, e, principalmente os que só desconfiam ou talvez nunca vão saber que são meus amigos!
A gente não faz amigos, reconhece-os.

27 setembro 2006

Final da 1ª Etapa


Estou postando hoje depois de dias. Acabaram as duas primeiras disciplinas. Acho que tudo correu bem. Sem sobressaltos, a não ser driblar o tempo. Infelizmente, não pude curtir como queria a alegria e o alívio por essa primeira etapa vencida. Caí de cama por dias, quase direto.
Isso não ocorria desde nem sei quando, nem lembro. Sinto- me debilitada, por mais que queira sentir-me forte. Por sorte tivemos um intervalo de duas semanas. Na próxima iniciaremos novos estudos, com tutora nova e espero que eu possa estar me sentindo muito melhor do que hoje, porque senão será complicado. Quero, preciso estar melhor. Vou estar melhor. Estou motivada para isso. E por falar em ...
MOTIVAÇÃO
Todo comportamento advém de uma necessidade que motiva o sujeito para ação que leva à satisfação da mesma. Essa necessidade pode ser de buscar o prazer ou evitar a dor. Por isso, quando alguém não realiza uma ação esperada, na verdade está motivado pela necessidade de fugir ou apagar alguma experiência de dor. Segundo Maslow, existe uma hierarquia das necessidades humanas que vai desde as necessidades fisiológicas até a auto-realização. E de acordo com ele, somente ocorrem novas necessidades, quando as anteriores forem sendo atendidas. Ou seja, jamais podemos esperar que alguém sinta a necessidade de fazer algo como realização profissional, se não está conseguindo satisfazer uma primeira necessidade de comer. Diante desta última, todas as outras são irrelevantes. Fica fácil entender então, porque apenas uma pequeníssima parcela das pessoas chega à busca de auto-realização. Outro aspecto importante mostra que a motivação pode estar dentro ou fora do sujeito. Essa necessidade pode ser imposta pelo meio ou pode ser provocada por alguma alguma exigência do aparelho psíquico.
Outro aspecto diz respeito à motivação intrínseca, onde ocorre uma satisfação pelo próprio ato de realizar a ação e a motivação extrínseca, que se realiza por outros motivos externos à ação realizada. Por exemplo, o aluno pode realizar uma tarefa motivado apenas pelo fato do professor atribuir uma nota(extrínseca) ou pelo prazer de aprender um assunto de seu interesse, considerando a avaliação como algo complementar(intrínseca). A motivação é o que move as ações do sujeito, portanto se o aluno estiver motivado, o resto é conseqüência.

13 setembro 2006

Psicanálise e Educação

Fonte:www.tanto.com.br


A obra de Sigmund Freud, centrada inicialmente na terapia de doenças emocionais, também veio contribuir em muito na área social e na pedagogia, pois o ato de educar está intimamente relacionado com o desenvolvimento humano, especialmente do aparelho psíquico.
Através das reflexões feitas pelo psicanalista, podemos entender melhor enquanto educadores, como se processa em nossos educandos o desenvolvimento emocional e mental, pois o ser humano constitui-se como um todo, razão e emoção.
As maiores contribuições da Psicanálise com a educação em geral se dão através do estudo do funcionamento do aparelho psíquico e dos processos mentais, onde ocorre a aprendizagem, do estudo dos vários tipos de pensamento, da aprendizagem através dos processos de identificação e dos processos de transferência que ocorrem na relação professor- aluno.
Segundo Freud, os estudos psicanalíticos devem direcionar-se mais a auxiliar o educador na difícil tarefa de educar, missão quase impossível de ser realizada plenamente, pois o ser humano vive numa constante luta entre suas forças internas, regidas pelo princípio do prazer(id) e as forças externas que impõem juízos de valor(superego) sobre esses desejos. O educador precisa ajudar o educando a buscar esse equilíbrio na construção do eu(ego) para que a aprendizagem possa ocorrer de forma eficaz.
Revelando que o ser humano possui vários tipos de pensamento (prático, cogitativo e crítico), o estudo freudiano lembra a importância que tem a escola poder proporcionar o desenvolvimento de todas as suas dimensões , alargando assim a capacidade do sujeito buscar alternativas por si próprio e desenvolva o prazer de aprender.
Uma grande contribuição diz respeito à aprendizagem por identificação, pois mostra que através de modelos de pessoas que lhes foram significativas o ser humano motiva-se no sentido de equiparar a elas sua auto-imagem.
A teoria de Freud destaca a importância da relação professor-aluno. É necessário que o professor saiba sintonizar-se emocionalmente com seus alunos, pois depende muito desse relacionamento, dessa empatia, estabelecer um clima favorável à aprendizagem. Os estudos
psicanalíticos revelam que o ser humano transfere situações vivenciadas anteriormente, bem como demonstra resistências a experiências uma vez reprimidas.
As teorias de Freud podem ser aplicadas ainda hoje na educação. Cada vez mais é preciso revê-las para entender como se processa o desenvolvimento do aluno tanto emocional quanto mental. Ainda temos uma educação que infelizmente trata os alunos como iguais, usando metodologias que ignoram as diferenças e os professores muitas vezes não conseguem analisar mais profundamente os porquês de determinados fracassos escolares, que certamente estão ligados a problemas emocionais ou a metodologias equivocadas que não respeitam a forma de construção do pensamento e as etapas evolutivas dos educandos.

10 setembro 2006

Desvendando Freud ...


Fiquei uma semana de molho quase. Misteriosamente, desliguei minhas antenas e desabei na cama, esquecendo as atividades por fazer. E logo qual... Nesse final de semana correndo atrás da máquina, ou seja, atrás do Freud. É um bocado de coisas. E quanto mais leio a respeito , mais vejo o quanto suas teorias são atuais. E o quanto precisamos delas para exercer de forma competente o papel de professor. O nosso aparelho psíquico é muito complexo. Mas o mestre da psicanálise desvendou muita coisa. Vamos ver se entendi direito...

Id representa nosso inconsciente maior, nossos desejos e vontades mais primárias, a necessidade de satisfazê-las a todo custo, nossos impulsos.
Ego é o nosso eu, a soma de nossos comportamentos, determinados pelo equilíbrio entre o que o id deseja e o mundo permite.
Superego é a nossa ligação com o mundo externo, a consciência moral que determina um freio para os impulsos do id, ditando regras de certo ou errado.

Nós somos o resultado , entre nossas vontades e as vontades do mundo que nos cerca. Ou deveríamos ser, porque quando um prevalece mais sobre outro, aí aparece algum desequilíbrio emocional.

01 setembro 2006

Pausa para meditação

"O único problema da solidão consiste em como conservá-la. " Mario Quintana
Essa foi a resposta do poeta a uma daquelas perguntas que sempre lhe faziam referindo-se ao fato de viver sozinho. Solidão, uma palavra que adquire vários significados dependendo do contexto. Existe a solidão boa, necessária, da qual não podemos abrir mão para encontrarmos conosco mesmo. Sim, porque estamos sempre cercados de gente por todos os lados, somos pressionados para sermos sempre o que os outros querem e não o que escolhemos pra nós. Essa solidão é tão preciosa e difícil de encontrar, como disse o poeta. Encontrar momentos que sejam só nossos, em que não precisamos provar nada pra ninguém a não ser pra si. Agradar ao seu eu, fugir de todas as normas que a sociedade inventou e criar as suas próprias leis. Isso não tem preço.
"ISSO DE QUERER SER EXATAMENTE O QUE SE É AINDA VAI NOS LEVAR ALÉM... ." Leminski
Mas há um outro tipo de solidão. A solidão do Fernão Capelo Gaivota. A solidão daqueles que voaram alto e são incompreendidos. A solidão dos que abrem caminhos e por isso precisam ir à frente. A solidão daqueles que enxergam numa terra de cegos. A solidão que é um preço a pagar pela ousadia de ser autêntico e não uma cópia. Porque a sociedade de hoje, é paradoxal: ao mesmo tempo que exige das pessoas criatividade, inovações, hostiliza quem toma iniciativas, quem foge dos padrões, quem não obedece aos modelos esteriotipados que a mídia desenha.
Tem vezes que entramos em crise tentando conciliar todas essas coisas, num mundo moderno em que temos de escolher: ou seguimos "deixamos a vida nos levar" ou então assumimos os riscos de construirmos nossa própria história, caminhando com nossos próprios pés, na direção que determinamos.
O bom disso é que quando pensamos que estamos sozinhos, alguém chega inesperadamente e nos oferece a mão, numa subida mais íngreme. Está aí embaixo um exemplo disso. Pena que não consegui colocar a mesma música, que não identifiquei o autor.


30 agosto 2006

Linguagem da Nova Geração

Uma das reflexões do Livro O que é Mídia - Educação? , de Maria Luiza Belloni, diz respeito à necessidade da escola incorporar o ensino das mídias ou através delas, pois "uma nova autodidaxia" está acontecendo entre os jovens e crianças. A linguagem da nova geração é a linguagem audiovisual. A escola não pode fechar os olhos a isso, sob pena de perder o contato com as novas gerações. Na Zero Hora de 28/08/2006 a reportagem ilustra bem essa teoria.


Fonte Zero Hora 28/10/06

Ajuda mirim


Pais buscam auxílio dos filhos para decifrar a tecnologia digital

TATIANA CRUZ

Uma cena já se tornou padrão em qualquer lar com mãe, pai e filho adolescente. É quando chega a hora de ligar a TV, fazer o DVD rodar, usar o computador ou entender o que aconteceu com a câmera digital que surge a mãozinha de uma geração nascida imersa na tecnologia. E, além de servir de consultor informal da família, é voz decisiva na hora das compras.

Alfabetizadas com a ajuda de um mouse, essas crianças e adolescentes dão o aval que os pais precisam na hora de trocar de celular ou de computador. Em certas casas são elas que decifram para a família um simples aparelhinho: o controle remoto da TV a cabo.

- Pego aquele controle cheio de botões e me perco. Só sei ligar, desligar e mudar de canal. Usar as outras funções é com elas - diz a administradora de empresas Luciene Medeiros Kuhn, referindo-se às filhas Isadora, 13 anos, e Alice, 12.

A dependência declarada não se restringe à TV. Câmera digital ou filmadora, todo o arsenal tecnológico passa pelo crivo das meninas, até mesmo na hora das compras.

- Elas que escolheram o modelo do meu celular. Eu só sei e só quero usá-lo para fazer ligações, mas elas insistiram que é importante ter câmera - conta a administradora.

Embora a videocâmera ganha no Dia das Mães pare mais nas mãos das filhas, Luciene, que só teve TV em casa depois de grande, vê com bons olhos a proximidade dos jovens com a parafernália hi-tech.

- Não uso mais por comodismo, mas acho útil todo esse domínio porque influi na educação. Elas têm mais informação do que eu tinha na idade delas e utilizam quase todo o potencial dos equipamentos - comenta.

Levantamento do instituto de pesquisas Ipsos-Marplan em 2004 demonstra a força dessa geração hi-tech. Realizado com crianças acima de 10 anos das classes A e B em nove centros urbanos, incluindo Porto Alegre, o estudo mostrou que mais da metade, 51%, tinha interesse em computação e 37%, em ciência e tecnologia.

Para o especialista em consumo José Roberto Rezende, diretor da ShoppingBrasil, os filhos estão sendo decisivos nas compras de tecnologia da família, virando uma espécie de manual dos aparelhos.

- Tem uma geração, com mais de 30 anos, com horror a manual. O consumidor médio quer mais simplificação, enquanto os jovens querem desafios - avalia.



Ligadas na rede
Assuntos de maior interesse para crianças acima de 10 anos das classes A e B, em respostas de múltipla escolha:
Televisão 55%
Computação 51%
Ciência e tecnologia 37%

Fonte: pesquisa Consumo Infantil, do instituto Ipsos-Marplan

27 agosto 2006

Os caminhos que a internet nos oferece

A internet é uma imensa floresta. Podemos ir por inúmeros caminhos e nos perder facilmente.Podemos encontrar de tudo, desde a pior das serpentes até a mais bela ave multicolorida.É preciso munir-se de alguns critérios e cuidados para fazer uma boa travessia e encontrar o que procuramos. Para nossos alunos, o olhar é curioso, por todo lado tem novidade. Mas o que realmente propomos? Para onde queremos ir? Quando iniciamos um trabalho utilizando o recurso da grande rede, temos que ter definidos com clareza os objetivos e oferecer caminhos seguros aos nossos educandos. Do contrário estaremos contribuindo para a formação de uma geração que tem muita informação, mas não sabe o que fazer com ela, não sabe aprofundar uma reflexão, vivendo no terreno da superficialidade. Divulgo aqui esse texto maravilhoso que traz uma metáfora muito sugestiva utilizando o conto Alice no País das Maravilhas.


O irônico sorriso do gato


Mario Sergio Cortella*

A escolha dos caminhos depende do lugar almejado

Há alguns meses, participando de um congresso sobre O Professor e a Leitura de Jornal, pudemos debater a respeito da "overdose" ferramental que invade cada vez mais o cotidiano social e, sem dúvida, também o mundo da escola.

Relembrávamos nesse debate uma das mais contundentes reflexões sobre a vida humana e que não pode ser esquecida, tamanha é a importância que carrega também para o debate pedagógico: Alice no País das Maravilhas, escrita no século XIX pelo matemático inglês Charles Dodgson (que deu a si mesmo o apelido Lewis Carroll).


Nessa obra, Alice cai. Ela está atrás de um coelho e cai em um mundo desconhecido (na verdade, a menina cai dentro de si mesma). Entre as inúmeras personagens fantásticas da obra, duas delas estão muito próximas de nós: uma é um coelho que está sempre atrasado, correndo para lá e para cá com o relógio na mão; a outra é um gato do qual somente aparece o sorriso, somente ficam visíveis os dentes e, às vezes, o rabo. Há uma cena que a gente não deve ocultar – principalmente quando se fala em ferramentas para o trabalho pedagógico e, muitas vezes, da percepção equivocada da tecnologia como redentora da educação: o encontro de Alice com o gato. Contando resumidamente, na cena, Alice está perdida, andando naquele lugar e, de repente, vê no alto da árvore o gato. Só o rabão do gato e aquele sorriso. Ela olha para ele lá em cima e diz assim: "Você pode me ajudar?" Ele falou: "Sim, pois não." "Para onde vai essa estrada?", pergunta ela. Ele respondeu com outra pergunta (que sempre de! vemos nos fazer): "Para onde você quer ir?". Ela disse: "Eu não sei, estou perdida." Ele, então, diz assim: "Para quem não sabe para onde vai, qualquer caminho serve."

Para quem não sabe para onde vai, serve de qualquer maneira o jornal, a revista, o livro, a internet, o videocassete, o cinema etc. E aí, qualquer um de nós, na ansiedade de modernizar o modelo pedagógico, eletrifica sofregamente a sala de aula ou, mais desesperadamente, sonha em fazer isso, imaginando o quanto o trabalho seria espetacular com esses instrumentos. Daí, se possível, o professor enche a sala de aparatos tecnológicos, como se, para fazer algo que interesse às pessoas, precisasse eletrificar continuamente o processo, metendo aparelhos eletrônicos ligados para todo o lado. Muitos dizem que, como os alunos estão habituados com isso, precisamos modernizar o ensino. Será?


Depende da finalidade do "para onde se desejar ir". Se você sabe para onde quer ir, vai usar a ferramenta necessária. O que se deve modernizar não é primeiramente a ferramenta, mas sim o tratamento intencional dado aos conteúdos trabalhados na escola.


Por isso, é preciso trazer sempre na memória o ditado chinês que diz: "Quando você aponta a lua bela e brilhante, o tolo olha atentamente a ponta do seu dedo."

*Professor de pós-graduação em educação (Currículo) da PUC-SP.
Fonte: Revista Educação/novembro 2002

21 agosto 2006

Internet e Educação



A rede mundial de computadores encurtou distâncias de uma forma inacreditável até pouco tempo atrás. Hoje basta um clique no mouse e é possível instantaneamente estar plugado com o outro lado do mundo. No entanto, a maior revolução que a internet trouxe não é a facilidade de acesso a informações, mas a possibilidade do usuário “interagir”, podendo interferir nesse processo, sendo autor e não apenas receptor.

Várias são as ferramentas que possibilitam essa interação: as assíncronas como fóruns, listas de discussão, blogs,correio eletrônico e as síncronas como chats, videoconferências. Através da interação é possivel estabelecer contato com outras realidades e socializar conhecimentos, construindo uma aprendizagem colaborativa. No entanto, é preciso que o educador tenha firmeza do que quer e esteja seguro do que faz, porque mesmo que nossos educandos, estejam cada vez mais agindo de forma autônoma diante das tecnologias, o educador tem um papel imprescindível no sentido de mediar a reflexão sobre as informações acessadas.

O grande desafio que vejo para o professor é encontrar o ponto de equilíbrio entre o que a escola pretende e o que o aluno tem interesse.E parece-me que é urgente conduzir o aluno à reflexão, pois existe uma grande tendência de dispersão quando ele está na rede.Pelo espírito natural de curiosidade que lhe é inerente, a hipertextualidade da net é um convite a navegar. Diante de mil possibilidades como imagens, sons, videos e hipertextos, somente um projeto que tenha significado ao aluno é capaz de mantê-lo na direção planejada.

Em relação às pesquisas, no que a net é usada em sua maioria (e mal usada, diga-se de passagem) nos deparamos com o problema do plágio. Professores que jogam os alunos diante de um assunto para pesquisar, que muitas vezes nem eles mesmos conhecem com profundidade, e pior, aceitam qualquer cópia, muitas vezes nem sequer lida pelo aluno, estimulando assim a prática do crime de desrespeito ao direito autoral,sem falar na "farsa" da aprendizagem. Como alternativa para minimizar o problema surge a webquest, que é uma metodologia de pesquisa em que o professor tem a oportunidade de se tornar autor e orientar o trabalho dos alunos dando significado à aprendizagem. Através da webquest, o aluno reconstrói o conhecimento a partir das informações iniciais, desenvolvendo tarefas propostas pelo professor e utilizando recursos de pesquisa fornecidos pelo educador. Dessa forma, ganha-se tempo evitando a navegação que pode dispersar, como assegura-se que as fontes sejam válidas.

Uma das competências que nós, educadores, temos de pensar em desenvolver nos alunos é o de saber buscar e selecionar informações, visto que a internet é uma grande rede sem controle de qualidade e nela encontramos de tudo.Vivemos uma avalanche de informações, impossíveis de serem todas assimiladas.É preciso priorizar o que mais interessa.
O professor Moran destaca muito bem sobre as possibilidades que a intenet está abrindo. Cada vez mais pode-se aprender com outras pessoas e sem estar no mesmo lugar. No entanto o que percebo é ainda muita resistência na utilização interativa da internet. Muito se tem discutido, participo de várias listas de discussão e fóruns. Mas experiências práticas são mais escassas.

Para encarar inovações é preciso munir-se de coragem e ir em frente, mesmo sob olhares desconfiados que geralmente acontecem. Tenho realizado inúmeras experiências com alunos e professores em rede e posso afirmar tudo o que disse por experiência própria. Voltarei a discutir o assunto.

11 agosto 2006

E por falar em insight

Photobucket - Video and Image Hosting

Ser bom em resolver problemas é diferente de ser bom na busca de oportunidades. Diante de um problema, o desafio é buscar a melhor solução; diante de uma oportunidade, o desafio é pensar idéias.
Oportunidade é aquilo que você vê quando ninguém está olhando. Sorte? Privilégio? Há quem pense que as oportunidades são como acidentes: só acontece com os outros. Na verdade, todos nós vivemos cercados de oportunidades, mas elas passam a existir a partir do momento em que são percebidas. E aí está o principal talento do líder visionário: perceber oportunidades onde a maioria só consegue ver crises, obstáculos e dificuldades. Mas essa é apenas uma parte da história. Veja como aproveitar as oportunidades oferecidas tão gratuitamente em sua vida.
Uma questão de crença
Resolver um problema é quase sempre se ater ao passado enquanto uma oportunidade é sempre uma especulação sobre o futuro. Ser bom em resolver problemas é diferente de ser bom na busca de oportunidades. Diante de um problema, o desafio é buscar a melhor solução; diante de uma oportunidade, o desafio é pensar idéias. Pois bem! Transformar problemas em oportunidades é uma das características do líder empreendedor.Como ver o que a maioria não vê? Enxergar oportunidades é uma questão de crença. É ser um adepto do empírico "crer para ver" do que do racional "ver para crer". E essa é uma característica do líder visionário: ser capaz de imaginar quantas maçãs existem em uma semente em vez de apenas contar as sementes que existem em uma maçã.Toda oportunidade começa, portanto, nos olhos da mente. Começa com a crença de que aquilo que é meramente uma imagem pode, um dia, se tornar realidade. É acreditar nas possibilidades mais do que nas probabilidades.Oportunidade é, sobretudo, acreditar. Mas não basta! É também uma questão de coragem.
Uma questão de coragem
Para ter êxito na vida é preciso aceitar a vulnerabilidade. Isso significa correr os riscos de abandonar a zona de conforto e mergulhar na zona de expansão. Entenda-se por zona de expansão a região do desconhecido onde os riscos nem sempre são calculados e o retorno nem sempre é garantido. É denominada de zona de expansão porque é aí que ocorre o aprendizado e o crescimento. É aí que o ser humano aproveita a oportunidade para tornar-se melhor.
Coragem não é ausência de medo, mas uma determinação de enfrentar o medo. A oportunidade é como a licença contra o medo. Diante de uma visão inspiradora e vontade de contribuir, o medo muda de tamanho. Não que o medo seja eliminado, mas ele se torna muito menor diante da causa e do projeto.Apegado ao conhecido, jamais faremos contato com o desconhecido. A oportunidade remete ao desconhecido e estará sempre presente para aqueles que desejam correr riscos e viver corajosamente.
Uma questão de ação
Uma forma de criar oportunidades é transformar problemas em projetos. Problema lembra obstáculo, aborrecimento e passado. Projeto lembra desafio, mudança e futuro.Projeto é a meio através do qual um problema pode ser transformado em oportunidade. Como o próprio nome diz, um projeto é a projeção de uma idéia, acolhida em uma situação de oportunidade. Visto assim, um projeto não é uma reprodução do passado, mas uma aventura de risco rumo ao desconhecido. O medo muda de tamanho quando estamos diante de um projeto com objetivos nobres e uma causa apaixonante e inspiradora.Projeto é o que melhor traduz as nossas crenças, desejos e desafios. É onde devemos colocar a nossa energia e o nosso tempo. Projeto é compromisso: consigo e com os que se beneficiarão dele.
Um projeto é a melhor maneira de aproveitar as oportunidades, transformá-las em novos empreendimentos, criar clientes satisfeitos, produzir resultados e ter histórias para contar no futuro.
Uma questão de atenção
É preciso prestar atenção no mundo ao redor para enxergar as oportunidades, mas é preciso estar também atento com o mundo interior. O insight nada mais é do que o encontro feliz da percepção com a intuição. Leon Tolstoi dizia que "há quem passe pelo bosque e só venha lenha para a fogueira".
Prestar atenção significa fazer uma conexão entre a realidade externa e sua fonte interior e conseguir ver além do que todos vêem. É acreditar, ter a coragem de transformar essa crença em um projeto de grandeza e de transformá-lo em realidade.

*Roberto Adami Tranjan é consultor, educador e escritor. É autor do Metanóia - Uma história de tomada de decisão para você rever os seus conceitos e A Empresa de Corpo, Mente e Alma.
Fonte: www.robertotranjan.com.br

02 agosto 2006

Mais um pouco de teorias


Aos poucos o susto vai passando. Agora o curso está começando a esquentar. O pessoal começando a entender a dinâmica da interação nos fóruns. Estou ficando mais tranqüila em relação aos conteúdos, mesmo porque muita coisa é só confirmação do que já vem acontecendo na prática.A única coisa que me aflige é dar conta do tempo. Mas haverei de conseguir.

Estruturalismo

É corrente das teorias da aprendizagem que se baseia na construção dos conhecimentos pelo sujeito. Daí o nome construtivismo. Jean Piaget, estudou os estágios evolutivos do pensamento, baseados na interação da criança com os objetos. Vygotsky enfatiza o convívio com o meio social como fator fundamental para aprender. Ainda segundo a teoria de Gestalt, a aprendizagem se dá por ensaio e erro. Mais ou menos como a tal história da "pedra que tanto bate até que fura" hehe... E ainda a aprendizagem por solução de problemas em que temos "insight", aquelas idéias repentinas que vem não se sabe de onde, nem por que, mas que se apresentam como solução para um problema que nem tínhamos em mente. Uma espécie de "luz". Certamente todas essas teorias trazem alguma verdade em si, nenhuma traz a verdade absoluta, porque o ser humano é tão perfeito e tão complexo, que dificilmente alguém poderá decifrá-los nos mínimos detalhes , a não ser Deus.


Na disciplina mídias, tudo tranqüilo. O que venho lendo é a confirmação do que já venho realizando na prática e tenho grandes expectativas de aperfeiçoar meus conhecimentos.Vamos em frente.

COM ASAS NADA É PESADO" (LEMA DA PUC-RIO)

diz muito pra mim nesse momento em que preciso manter vivo o sonho de voar além do trivial.

25 julho 2006

Teorias e mais teorias...

Ontem postei no fórum e conheci o tutor, Sérgio. Uma simpatia. O pessoal está meio devagar. Talvez realizando as atividades sem postar. Estou me desmanchando na leitura das teorias da aprendizagem. Confesso que me cansa, é complicado. Cada teórico acha que está com a razão, existem opiniões contraditórias e a gente fica sem saber em quem acreditar , hehehe... Mas vamos lá!

Elementarismo
Essa corrente acredita que a aprendizagem acontece por associação de idéias, havendo o condicionamento. Entre os principais teóricos está Pavlov que estudou o reflexo condicionado clássico e Skinner que estudou os condicionamentos pelos hábitos, que decorrem dos reforços positivos ou negativos.
Acho que é isso. Agora preciso identificar isso em situações concretas. Eis o desafio...

22 julho 2006

Será que agora vai?

Hoje acordei mais tarde que o costume. Deitei pela terceira noite às 2h da madruga e não consegui nada de produtivo, porque o sono me pegou bonito. Nenhuma novidade no E-Proinfo. Os fóruns não foram abertos. Por enquanto o négócio é ir estudando os textos. Ontem a página saiu do ar e hoje cedo ainda está fora. Que será que aconteceu? Prometo a mim mesma dar tudo de mim nessa semana de recesso escolar. Tomara que consiga me adiantar nas leituras e tarefas, porque depois o bicho pega.

21 julho 2006

Agora é pra valer...

Recebi a senha e tratei de preencher meu perfil. Já tinha adiantado alguma atividade , que na verdade já estava pronta. Relatei minha experiência com tecnologias. São muitas. Na verdade, optei por destacar as ultimas , dando prioridade para os blogs educativos. Acredito que minha monografia andará por esses rumos, se bem que tenho que conciliar interesses com outros elementos do grupo. Agora vou tentar entender as teorias da aprendizagem. Tem um montão de leituras e estou achando um pouco complicado, mas será muito produtivo, pois esse embasamento teórico está me faltando.

13 julho 2006

Aguardando

Escrevi para o suporte do E-proinfo e fui informada que as turmas do RS ainda não foram criadas e a senha só vem semana que vem. Eta... Tomara que depois a gente não tenha que correr atrás do tempo. Ai que medo que dá, quando penso em tempo. Dizem que tempo é questão de preferência, e sempre o encontramos para o que mais queremos, mas tem tanta coisa por fazer que fica difícil priorizar. Bom, veremos...

11 julho 2006

Etapa presencial

Conheci gente nova. Primeiro ponto positivo. Micheli e Neiva, ainda vamos trocar muitas figurinhas... Gostei da professora Maria Aparecida, muito simpática, divertida, competente. A etapa presencial se restringiu à abertura e ambientação no ambiente e-proinfo. Não conhecia ainda, mas não foi muita novidade pra mim que estou habituada a lidar com ambientes interativos de aprendizagem. Estou ansiosa aguardando a senha pessoal que já está em atraso. Mesmo assim fui adiantando algumas atividades que vi com a senha que nos forneceram provisoriamente. Estou achando difícil os textos sobre teorias da aprendizagem. Já troquei algumas figurinhas com um amigo virtual. Ainda bem que tenho muitos pra me socorrer. Pra completar a história complicada, meu driver de cd estragou e estou providenciando outro, assim como o office que talvez tenha que reinstalar. Bom... agora naninha... que amanhã ninguém quer saber se estou estudando ou não. Tenho que mostrar serviço...

Encarando o desafio...


Iniciei a Especialização Tecnologias em Educação, pela PUC do Rio de Janeiro. Fui a Porto Alegre e logo na chegada, de dentro do táxi, li escrito num dos muros: "Num mundo de sonhos, meu tempo é precioso". Administrar o tempo é difícil quando se precisa optar por algumas coisas sendo que tudo parece importante. Iniciar um curso com a carga horária cheia é quase uma loucura, mas considero oportunidade única. E preciso achar um jeito de não deixá-la escapar. Porque isso faz parte de meus sonhos. E. como diz Quintana, "Sonhar é acordar-se para dentro" e "umavida não basta apenas ser vivida, também precisa ser sonhada". Às vezes nossos sonhos estão lá adiante, muito além da realidade em que vivemos, num tempo em que a maioria das pessoas ainda não viveu. Então sofremos, mas esse é o preço. Ou então desistir e ignorar a própria vida. e simplesmente "sobreviver". Prefiro a primeira opção. Vamos lá... e boa sorte pra mim!!!
 
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