29 maio 2007

Que frioooooooooo!

Ufa! Estou quase congelando nessas noites, estudando até altas horas. Bbbbrrrrrrrrrrrrrr!
Hoje pela manhã a paisagem era essa.

26 maio 2007

Sídrome de Down e Inclusão

EDUCAÇÃO INCLUSIVA: BOAS RAZÕES
-todas as crianças têm direito a aprender juntas;
-crianças não devem ser desvalorizadas, discriminadas ou excluídas por sua deficiência, diferença ou dificuldade de aprendizagem;
- crianças não precisam ser protegidas de outras crianças;
-não existem razões legítimas para separar crianças na educação. A heterogeneidade ensina.
-Crianças devem estar juntas e beneficiar-se de suas mútuas companhias e inevitáveis diferenças;
-pesquisas demonstram que crianças aprendem mais, tanto acadêmica quanto socialmente, em ambientes inclusivos;
-não existe nenhum conteúdo de ensino ou cuidado que ocorra em uma escola especial, que não possa ser implementado na escola regular;
-a segregação ensina às crianças a terem temores infundados. A segregação promove o preconceito e a intolerância;
-todas as crianças requerem uma educação inclusiva que as ajude a estabelecer relações, respeitar as diferenças e preparar-se para a vida;
-a educação inclusiva tem potencial para reduzir o medo do desconhecido e promover a amizade, o respeito, a compreensão e a cooperação. Fonte: Reviver Down


Síndrome de Down é o tema de estudo do meu grupo de trabalho na disciplina Inclusão e Tecnologias Assistivas ( Eu, Marília e Neiva). Criamos um blog e nossa intenção socializar o trabalho além do curso, abrindo um espaço para o debate sobre o tema. Participe!

16 maio 2007

Produção cultural

Publico aqui a atividade 3 da disciplina Mídias, Cultura e Sociedade, devido à facilidade de inserir links e à possibilidade de interação.

1ª Etapa - A Escolha

Escolhi como produção cultural uma série de programas que rodaram semanalmente em Santa Catarina,inicialmente na TV BV ( BANDEiRANTES) e após na REDE TVSC, em 2005 e paralelamente foram disponibilizados em vídeo na internet e em DVD num kit educacional para escolas. Por ter de certa forma acompanhado a evolução dessa produção desde o início e a sua interrupção, achei interessante analisar esse processo, além do conteúdo do produto em si mesmo e os elementos com os quais me identifiquei.

“A série de programas CONEXÃO XXI é o retrato vivo e criativo dos costumes e da vida dos jovens. Ao longo dos anos, os jovens tornaram - se alvo de inúmeras campanhas publicitárias ou mesmo serviram como platéia de programas, mas raramente ocuparam o papel de eixo central, de protagonistas de uma série de TV. CONEXÃO XXI ajuda a sociedade a enxergar o jovem muito além das aparências, revelando o que está por trás dos costumes e comportamentos nem sempre bem entendidos tanto pelos pais como por outros segmentos da sociedade que têm conexão com os jovens."

2ª Etapa - A Pesquisa

Realizei minha pesquisa através dos sites abaixo:
- Produtora do programa - Setcom
- Blog dos Programas - Conexão XXI
- Blog Palavra Aberta - trabalho pedagógico feito com os vídeos
- Fotolog - Making of das gravações do programa
- Making of - Curta metragem produzido para a RBS Santa Catarina Caro Mr. Muller

Contatei com a equipe de produção. Abaixo transcrevo a entrevista com o diretor do programa, cineasta Nilson Villas Boas, premiado em vários festivais no Brasil e exterior como melhor diretor e melhor filme com os curtas "A Mulher do Atirador de Facas" e "Frio na Barriga",
diretor do longa metragem "Yã Katu" e mais de 500 filmes publicitários e empresariais. Além disso criou e coordena a Fundação Educática, Tecnologias da Educação e Comunicação Educacional.


1) Como e quando foi produzido o programa Conexão XXI?
R. Conexão XXI – uma série de 16 programas para o público adolescente (não só), foi produzido em 2005 para a veiculação na TVBV em Santa Catarina. É uma produção independente feita pela SETCOM, feita em HDV, com uma produção simples, mas com uma equipe extremamente motivada.

2) Em que condições?
R. Considero que foi produzido nas condições necessárias para a sua proposta mas, restrito à captação no eixo Joinville – Florianópolis, passando por Blumenau e Itajaí.

2.a) Quem patrocinou: empresas, grupos, produção independente?
R. Foi uma produção independente, bancada pela SETCOM e patrocinada (posteriormente) pelo Porto de Itajaí.

2.b) Com muito ou pouco recurso financeiro (quanto foi gasto nessa produção)?
R. Quase impossível mensurar os custos de produção, que foi um investimento de toda a estrutura da produtora nos momentos em que estava disponível (não produzindo comerciais ou outros projetos). O patrocínio, basicamente bancou o custo da mídia.

2.c) Que tipo produção foi (mais ou menos simples, caseira, amadora, profissional, super profissional, sofisticada etc.)?
R. Foi uma produção simples, extremamente profissional, com espaço para a formação profissional de parte da equipe, com muita pesquisa de linguagem e uma dose muito grande de entusiasmo de todos os participantes do processo.

2.d) Quantos profissionais estavam envolvidos no projeto (ficha técnica da equipe de produção)?
R. Entre dez a quinze profissionais na parte técnica e mais um tanto na frente da câmera. Destaques para a edição – Vanessa Leal, para a coordenação e pesquisa capitaneada pela Profa. Gladis dos Santos, a apresentação de Raphael Polito e Gih (estréia), e com alguma colaboração do diretor que aqui escreve. Ah, sim... Sem esquecer o mascote e inspirador João Pedro.

2.e) Durante quanto tempo (semanas, meses, anos) se trabalhou na realização do mesmo?
R. O trabalho de produção durou 06 meses.

2.f) De quem foi a proposta original daquela realização?
R. Do diretor Bhig Villas Bôas e da editora Vanessa Leal.

2.g) Como ela foi distribuída, como chegou ao público?
R. O programa foi exibido durante 03 meses na TVBV.SC e nos 03 meses posteriores na Rede TV Sul. SC. Após a sua exibição na TV, elaboramos um kit com dez programas que foi distribuído na rede de ensino de Itajaí.

2.h)Como foi recebida pelo público, como foi recebida pela crítica?
R. Foi muito bem recebido pelo público que interagiu com o programa e suas pautas via internet / videolog

2.i) Foi bem ou mal sucedida, obteve sucesso ou fracassou?
R. Paradoxalmente, apesar de ter tido um aparente sucesso – avaliação pela reação e receptividade do público à nossa equipe na rua (as duas emissoras não tinham mecanismos de aferição de público) - o programa saiu do ar por falta de patrocinadores. Credito o fato à falta de cultura dos patrocinadores e ao massacre econômico da líder de audiência sobre as demais emissoras.

3) Quem é (quem são) o criador (ou criadores) ?
R. O programa foi uma criação coletiva. Não tínhamos roteiro. Após uma discussão sobre cada tema, a equipe saia às ruas para descobrir o que os jovens pensavam sobre cada um dos temas. O resultado final era como um blog onde as várias opiniões iam revelando uma nova compreensão sobre os temas.

4) Gostaria de destacar mais algum detalhe?
R. Este programa participou do Pitching promovido pelo Canal Futura e chegou até a última fase de sua seleção.Conexão XXI voltará!

Depoimento de Vanessa Leal, editora do Conexão XXI,atuando em publicidade desde 1999, responsável pela finalização de mais de 600 peças publicitárias em diversas agências.


O programa Conexão XXI é uma colagem de opiniões e pontos de vista sobre um tema. Ele busca a reflexão do público e para isso, utiliza a linguagem de um painel de idéias. Por essas características, o programa não tem um roteiro pré-definido, pois o conteúdo é dado pelos depoimentos dos entrevistados.
Cada programa tem apenas uma pauta, um tema.No processo de edição, temos que ouvir todas as entrevistas para começar a construir as “conexões” e os links entre as idéias. É nesse momento que começa propriamente a construção do roteiro do programa. É uma colagem de frases, idéias, contrapontos que se completam, reforçam ou contradizem. Quanto à linguagem gráfica, o programa busca através de vinhetas e ilustrações, pontuadas com trilhas marcantes, reforçar esta ou aquela opinião, enfatizar, sublinhar e dar ritmo à narrativa.
A proposta é leve, dinâmica de forma que o telespectador seja estimulado e cativado.

Gládis Leal dos Santos
– professora e responsável pela coordenação de produção do programa


Como coordenadora de produção do programa CONEXÃO XXI meu trabalho envolvia buscar os entrevistados para o programa: os jovens e os profissionais que pontuavam com seus comentários as idéias daqueles. Esse trabalho envolvia não só o convite mas também o convencimento para que a pessoa concordasse em participar do programa e isso, muitas vezes, era complicado. As pessoas ficam constrangidas diante das câmeras. O trabalho envolvia também a coordenação da equipe de produção: câmeras, apresentadores, figurino, locações, agendamento de horários e locações, compra de material, alimentação da equipe e gastos gerais de produção.
Já nos primeiros programas, percebi o grande potencial educativo do material. A proposta de ouvir a opinião de jovens e adolescentes sobre os mais variados assuntos, seria o gancho ideal para os professores introduzirem temas transversais em sala de aula de maneira lúdica . A linguagem descontraída do programa, feito para a TV comercial e não com intenção didática, atrairia a atenção dos adolescentes que se reconheceriam no programa.
Na época, já vinha experimentando os blogs como recurso educativo, pois sou professora e trabalho como coordenadora de Informática Pedagógica na Rede Municipal de Joinville, SC. Resolvi então publicar os programas na Internet, http://videolog.uol.com.br e iniciei a divulgação em sites de relacionamento e pelo próprio videolog o programa teve grande repercussão, tanto que após a veiculação pela TV, publicava o programa e logo após, o sistema de comentários do site se transformava num Chat onde trocávamos idéias sobre o tema do programa com os internautas. Em junho de 2005, criei o blog http://palavraberta.blogdrive.com em que divulgava os programas e a seguir publicava os textos produzidos por alunos de várias cidades do país a partir dos temas discutidos. O blog passou, em 2006, para outro servidor: http://palavraaberta.blogspot.com e continua com a mesma proposta. No ano passado foram trabalhados três vídeos do programa Conexão XXI: Jovens Pais, Preconceito e Sonhos de Vida. Além dos vídeos da série, também são apresentados outros vídeos, como do site You Tube.

3ª Etapa - A Identidade

1. Esta produção me representa ou apresenta pessoas como eu? Se sim, quando? Como? Se não, por quê?
Os programas são produzidos utilizando depoimentos de jovens sobre temas de interesse dessa faixa etária, como gravidez na adolescência, a primeira vez, drogas, preconceito, voluntariado, intercâmbio cultural, vestibular, tribos urbanas, culto ao corpo, geração virtual, entre outros. Também são entrevistados pais, professores e especialistas.
O programa me representa, pois sou mãe de dois filhos adolescentes e educadora de muitos outros jovens. Compreender o universo que envolve a adolescência com todos os seus conflitos, faz parte do meu dia a dia , do meu interesse pessoal e profissional.
O próprio formato da produção do programa,detalhada na entrevista e nos depoimentos, feito de forma coletiva pela equipe, definido o roteiro pelo recorte de opiniões variadas dos jovens sobre o tema, é outro aspecto com o qual me identifiquei, pois revela uma postura democrática, sem verdades prontas, que induz à reflexão. Isto vem de encontro aos meus paradigmas educacionais, enquanto educadora que busca trazer para o debate temas transcurriculares, que partam da realidade e interesse dos alunos. E de tal forma me identifiquei com a abertura e interatividade do programa, que usei esta produção com meus alunos, debatendo os temas, produzindo textos, interagindo com a equipe de produção através dos blogs Palavra Aberta e ABCdosMiúdos e videoconferências.
Achei esta produção cultural excelente também para analisar os conceitos que Fergusson propõe na media education como: prazer (o programa tem atrativos), poder (o programa dá abertura para o telespectador definir a pauta), discurso (o próprio jovem assume seu discurso de forma explícita), política (relacionamento do jovem com as demais esferas sociais), identidade (representação fiel à realidade) e democracia (opiniões divergentes tem o mesmo espaço de discussão).

2. Como ela/ele representa pessoas que (aparentemente) não são como eu?
Em primeiro plano o programa focaliza os jovens, que representam outra geração que não a minha, embora, como já citado, haja uma relação de interesse sobre os mesmos por ter filhos e alunos nessa faixa etária. A media education, segundo Ferguson, "é um processo de exploração consciente da importância da relação entre o mundo em que vivemos e a representação dele através das mídias." No programa escolhido, os jovens são representados o mais próximo possível da sua realidade, pois passam a ter voz, expressando suas vivências, seus pontos de vista, suas expectativas através de um discurso explícito. Através dos recortes de opiniões, o programa traça um perfil dos jovens e sua visão de mundo. Estas características do programa conferem a ele um aspecto agradável, com o qual o jovem se identifica, tem prazer de assistir, pois sente-se representado naquilo que muitas vezes não foi capaz ou não teve oportunidade de expressar para a família , escola ou sociedade como um todo.

3. Esta produção cultural tenta construir minha identidade para mim? Se sim, como? Se não, por quê?
O programa ajuda a construir minha identidade, pois aproxima-se bastante da realidade, já que os relatos e depoimentos são feitos por pessoas comuns, que vivem problemas como eu vivo, que estão preocupadas com questões educacionais e sociais, da mesma forma que me preocupo. Não se trata de uma representação idealizada, apresentando esteriótipos ou modelos a serem seguidos ou verdades fechadas. Pelo contrário, os temas e situações apresentados, são situações cotidianas vividas por qualquer indivíduo, independente de sua condição social. A forma de produção coletiva e a divulgação utilizando a integração das mídias TV e internet, permitindo a interatividade , me identificam, pois como educadora adoto essas práticas com meus alunos, promovendo debates sobre temas do seu contexto social.

Apresentadores Ghi e Polito















Equipe do programa, filmando nas ruas


Agradeço à equipe de produção pela colaboração, concedendo entrevista e depoimentos, especilamente ao Bhig, Vanessa e Gládis.

 
BlogBlogs.Com.Br