A língua é uma convenção humana, em constante mutação, pois é viva. Na escola a base do estudo é a língua padrão, porém devemos considerar as variantes lingüíticas em seus diversos contextos. Temos de preparar nossos alunos para a competência da comunicação, escrita e falada, nas diferentes situações em que estiverem inseridos, ensinando e mostrando a adequação do uso. Daí a importância da abordagem dos vários gêneros textuais, exercitando a linguagem no seu contexto social. Com a crescente inclusão digital e o advento da web 2.0, com suas ferramentas interativas, a linguagem virtual passou a ser cotidiana. Como destaca Marcuschi, a escrita é a forma predominante mesmo nas comunicações síncronas. Devido às pecualiaridades das situações comunicacionais, novas formas de escrita vão surgindo. A escrita eletrônica, devido à quantidade de recursos audiovisuais que a acompanham, precisa ser mais sucinta e breve. A escrita abreviada e cheia de códigos, própria das comunicações instantâneas, batizada de "internetês" não pode ser desconsiderada pelos professores. É necessário mostrar aos nossos alunos o seu uso adequado e contextualizado. Com o surgimento dos vários gêneros citados pelo autor, estabeleceram-se também algumas normas de comunicação chamadas de netiquetas, que são importantes, assim como são importantes as normas gramaticais para a escrita no papel. Penso que junto com as formas desses gêneros, devem ser orientados os alunos também nesse sentido, bem como nos aspectos legais que implicam na responsabilidade de autoria. Possibilitar a criação de um endereço eletrônico, participação em fóruns, videoconferências, blogs, bate-papos educacionais tem sido uma rotina que tenho adotado com meus alunos. Mas junto com isso tenho tido essa preocupação de alertar para as posturas corretas, com respeito à legislação digital.
11 março 2007
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